Agora que 2011 está a acabar, parece-me uma boa altura para pensar no passado e ver o que fiz e o que mudaria...
Começando em 2005 e acabando em 2011, há muita coisa que aconteceu e que possivelmente não mantinha se pudesse voltar atrás.
2005:
ESCO. 17 anos. Voltar á escola.
Com 17 anos voltei a estudar. Entrei na ESCO e comecei o curso de Técnico de Informática.
Aulas, professores, trabalhos e tpc's, 20 colegas completamente novos: pânico!
Sempre gostei de estudar e até me considero uma pessoa minimamente inteligente, mas também gosto de rotina. Horários fixos. E de repente ver-me a braços com tudo novo. Não foi fácil, mas valeu a pena!
...quase tudo! O estágio do primeiro ano de curso foi para esquecer! Pensamento: estou no curso errado! Vou desistir.
Felizmente tive muita gente que me apoiou.
2006:
Segundo ano de curso. 18 anos. Fim do namoro. Desistência da minha melhor amiga do nosso curso.
Acho que o que mais me marcou foi mesmo o fim do meu namoro com o F.G., pelo menos é o que lembro com mais nitidez. Apesar de só termos estado juntos um ano e meio, eu gostava realmente dele e sofri imenso com a nossa separação.
Para alem disso, o facto de J.A. ter desistido do curso, abalou-me imenso. Era o meu pilar e, apesar de nem sempre estar presente, fez-me muita falta!
2007:
19 anos. Terceiro ano de curso. P.A. de SEAI. Começar a "trabalhar" para a DiServe. Primeiro relacionamento após o F.G.
Os anos passavam a olhos vistos. Parecia que ainda ontem tinha entrado para a ESCO e já estava quase a acabar o curso. Na realidade, supostamente, deveriam ser apenas 3 anos. Contudo, com os atrasos de matéria que já fazem parte da nossa realidade escolar, 2007 não ficou marcado como o final dessa fase.
Ficou marcado sim, com o intenso projecto que nos foi dado na aula de SEAI.
Regra geral, as PAF's (Prova de Aptidão Final) dos outros cursos consistiam em trabalhos que tinham que ser apresentados no final dos 3 anos, contudo, por nós estarmos num cursos profissional, a nossa PAF era composta por exames as disciplinas praticas. Então, o nosso professor de SEAI propôs fazermos uma P.A. (Prova de Aptidão) ao longo do ano, para apresentação final á turma. Era em tudo idêntica á PAF dos outros cursos, excepto numa coisa: Tempo!
Eles tinham dispensa das aulas para poderem trabalhar nas PAF's deles, mas nós como era uma prova para a aula de SEAI, só tínhamos o tempo dessas aulas. Tudo o resto tinha que ser feito em casa.
...mas foi também nesse ano que as portas para a DiServe se abriram. Fiz lá o ultimo estagio do curso e gostei tanto de lá estar como elas gostaram do tempo que lá estive. Então, num dos últimos dias a proposta para ficar foi feita e quase que aceite imediatamente.
A excitação de já ter um trabalho para onde ir quando acabasse o curso era imensa e deu força para acabar tudo aquilo com muito mais energia.
Para alem disso tudo, que já foi bastante, 2007 ficou marcado pelo curto envolvimento com o N.S.
Conheci-o através do quase extinto Hi5 e assim que nos conhecemos houve uma grande empatia. Mas, como digo sempre, foi tudo tão fácil, quase sem esforço, que apenas duro cerca de um mês.
Foi um ano duro.
2008:
Finalmente ultimo ano de curso. Exames. Desfile. 19 valores. 20 anos.
Depois de todo o esforço para concluir a P.A. de SEAI, o merecido descanso ainda não sorria para nós. Agora, havia que estudar para os exames finais.
Matéria de 3 anos (quase 4) iria ser despejada em folhas e programas durante 2 dias intermináveis.
Ainda me lembro perfeitamente do nervoso miudinho. Tanto meu como de todos os meus colegas. Até aqueles que sempre pareceram mais confiantes, estavam em pânico.
O numero de cada uma era chamado pausadamente e indicado para qual era a sua mesa.
Duas salas com 10 computadores cada estavam por nossa conta durante aqueles dois dias.
Após tudo aquilo terminar, havia o baile de gala. Era a nossa vez de nos despedirmos da escola.
Sempre disse, e assim foi: só iria ao meu baile de gala. A minha despedida.
Como tal, aproveitando que inicialmente éramos três raparigas na turma, calhou-me o desfile de encerramento do curso.
Outra difícil tarefa. Logo eu que nem gostava de ter todas as atenções centradas em mim, teria que desfilar para toda a escola, com o L.H.
A cada minuto que passava rezava para que o L.H. aparecesse e que tudo aquilo terminasse num abrir e fechar de olhos.
Não foi tão rápido como estava á espera, mas ate correu bem. Não há fotos como registo do momento mas há memórias de como tudo aquilo se passou.
Melhor que isso, só mesmo o jantar de natal da turma, onde foram entregues as notas dos exames.
19 valores. Os meus olhos brilhavam. 19! 19 de 20 valores!
Finalmente todo o estudo viu retorno.
Não que essa tenha sido a nota final de curso (apenas 16 valores), mas ver o meu nome num diploma a dizer que tinha tido 19 valores, compensou tudo!
2009:
21 anos. DiServe. Temporal. T.N.
2009 foi sem duvida alguma marcado pela minha entrada oficial para o mundo do trabalho, através da DiServe. Tinha um emprego! Tinha algo que me fizesse acordar de manha cedo. Tinha um sítio para onde ir.
Estava radiante. Alguém tinha apostado no meu talento e na minha vontade de trabalhar.
Para alem disso, lembro-me como se fosse hoje, as minhas "aventuras" com o T.N.
Já o conhecia a muito tempo mas nunca me tinha envolvido com ele...ate 2009.
Passei com ele o temporal. Passei com ele a noite após o natal e voltaria a repetir tudo, mesmo sabendo das consequências.
A noite do temporal foi a mais marcante. Era só para ser um café. Ele ia-me buscar ao trabalho e íamos beber café. Simples, não?
Sim, ate que demos por nos no carro, completamente enrolados um no outro, e com um enorme temporal lá fora.
Quando demos pelas horas, e decidimos ir para casa, é que nos apercebemos do que tinha acontecido na rua. Arvores caídas por todo o lado, telhas no chão, por cima dos carros, contentores caídos. Uma confusão...que nos passou ao lado.
Não nos dando por satisfeitos, passamos a noite após o natal juntos. Uma das melhores noites de sempre. As melhores horas passada sem Lisboa. As melhores recordações.
A ilusão de uma relação duradoura que acabou cedo.
Ainda não tinha acabado o ano e ele já não me falava. Deixara de me responder a mensagens, mails, telefonemas, e deixara o meu coração em mil pedaços.
2010:
22 anos. O regresso do T.N., D.M., Carta de condução. O meu 106.
Finalmente consegui tirar a carta de condução. Finalmente superei todo o medo e fiz um exame exemplar. Muito melhor que grande parte das aulas.
Agora só tinha que encontrar o meu carro. O carro pelo qual ficaria rendida. E tal, não demorou a acontecer. Três meses depois tinha o meu 106 parado á minha porta. Lindo lindo. Tal como disse o meu cunhado quando o comprei, só faltava levar o carro para a cama comigo.
Estava completamente apaixonada por ele.
Lembro-me de 2010 também por causa do regresso do T.N.
Não que ele merecesse, mas no seu aniversario enviei-lhe uma mensagem de parabéns e a resposta surgiu. Fiquei em choque quando vi o nome dele no visor do meu telemóvel. Agradecia de forma muito cordial e pedia desculpa pelo que me tinha feito.
Passei-me com ele. Disse-lhe tudo o que tinha na cabeça a meses e ele deu-me toda a razão.
Não sabia se havia de rir ou de chorar, mas o que é certo é que eu perdoo-o com muita facilidade e aos pouco lá nos aproximamos novamente.
No meio de tudo isto, surge o D.M.
Conheci-o através do Hi5. Criamos uma grande cumplicidade desde o primeiro dia, mas na nossa relação sempre teve altos e baixos.
Quase que não nos víamos, mas quando nos víamos era intensos! Nunca aconteceu nada para alem de uns beijinhos e ate hoje não sabemos porque. Certamente que não era por falta de oportunidade ou por falta de química. Simplesmente não acontecia...
Ate que em Setembro ele disse-me que tinha namorada. Então, se ate então não tinha acontecido nada, a partir dai é que não iria acontecer de certeza!
2011:
Sente-se. Açores. Acidente. Punto e 106.
O ano de 2011 começou mal, por isso espero que acabe da melhor forma.
Nos primeiros meses do ano tive um acidente de carro que já tanto foi falado neste blog. Acidente esse que me levou a comprar um carro a pressa (ma escolha!) que me levou a comprar outro carro...
Actualmente tenho o meu segundo 106 que não troco por nada deste mundo!
Como não ganhei o euromilhoes nem tenho pais ricos, teve que encontrar outro trabalho. Dai surge a Sente-se. Uma experiencia nova e muito muito boa. Gostei mesmo de lá estar. Não só em termos monetários (que contribuíram), mas também pelo ambiente pela mudança de ares. Por tudo.
Para alem disso, 2011 ficou marcado pela inesquecível viagem a São Miguel. Voltei de lá com muita pena de não poder ficar. Apesar do que me levou a ir para lá, não me ter satisfeito, a ilha compensou tudo. Lindíssima. Fiquei rendida aos encantos de Ponta Delgada e se pudesse voltava lá vezes e vezes sem conta.
Em suma, uma vida calma mas cheia de bons momentos para recordar.
Não trocaria esta vida por nenhuma outra, embora alterasse um ou outro dia. Contudo, deixava de ser eu se o fizesse.