Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Dados Lançados

"I'm not a perfect person. There's many things i wish i didn't do but i continue learning"

Dados Lançados

"I'm not a perfect person. There's many things i wish i didn't do but i continue learning"

Pais!

 

Porque nunca dediquei nenhum post aos meus pais e eles até merecem...

 

 

Os meus pais vieram de famílias problemáticas.

 

A mãe do meu pai suicidou-se quando ele ainda era pequenino e o pai do meu pai era alcoólico.

 

Com uns pais assim o meu pai ficou a cargo das tias. Uma criança pequena com dificuldades na fala por causa de um parto mal feito, sem mãe e com um pai alcoólico teria que ficar a cargo de alguém. Enquanto pequeno foi criado – e excessivamente mimado – pelas irmãs da minha avó mas logo que foi possível elas colocaram-no num colégio interno a fim de lhe conseguirem incutir os estudo que ele tinha decidido rejeitar. Contudo, sem sucesso, aos 18 anos ele decidiu ir trabalhar. Trabalhou aqui e ali, sem um sítio certo ou a longo prazo...

 

 

Já a minha mãe teve uma história um pouco diferente mas igualmente complicada.

Lembro-me dela contar que era filha única do casamento dos meus avós, embora haja mais filhos de um anterior namoro da minha avó.

 

Naqueles tempos a vida era outra e as pessoas tinham outras mentalidades. Diziam que só os rapazes tinham o direito de ir á escola e que a função das raparigas era ficar em casa com a mãe!

Então, desde pequena que a minha mãe acompanhava o meu avô para a fazenda e quando ele não queria ir,  obrigava-a a ficar em casa a ajudar a minha avó.

Esta vítima de um marido igualmente alcoólico que não colocava comida na mesa sem ser para ele próprio, lá tentava proteger a minha mãe da forma que lhe era possível. Não conseguindo fazer mais enviou-a para a casa de uma Sra. "rica". Assim, com 14 anos já a minha mãe estava a servir em casa de outras pessoas...

Naquela altura não se recebia mais do que cama, comida e roupa lavada mas, vendo bem, era mais do que recebia na sua própria casa e por isso lá foi ficando até conhecer o meu pai.

 

 

Nunca percebi bem como se conheceram – porque os próprios já não têm a certeza. Foi uma amiga ou uma familiar ou outra pessoa qualquer que tinham em comum que os apresentou.

 

Foram namorando aos poucos até que a minha mãe ficou grávida da minha irmã. Gravidez propositada dizem eles (primeiro sinal de irresponsabilidade, digo eu!). Posto isso, mudaram-se para a casa de uma tia do meu pai e depois foram para a casa do meu avô paterno.

O meu pai continuou durante muito tempo com trabalho incerto (posteriormente foi-lhe atribuída uma pensão por deficiência devido a dificuldade em falar) e a minha mãe estava grávida da minha irmã e não tinha trabalho. Não sei bem como mas assim viveram numa casa sem condições. Cerca de um ano depois do nascimento da minha irmã, a minha mãe fica grávida de mim – desta vez acidentalmente.

 

Se as coisas até então não estavam muito fáceis, com o meu nascimento não melhoraram, logicamente.

 

 

Aos poucos a casa foi sofrendo alterações – embora ainda falte muito para ser a casa que qualquer um de nós idealizava. O trabalho do meu pai continuou incerto e a minha mãe dedicou a vida a cuidar das filhas. No entanto, a bem ou a mal foram conseguindo manter tudo…até hoje.

 

 

Não estou a contar isto para provocar algum tipo de pena ou algum sentimento semelhante a quem quer que seja, muito pelo contrário! Apenas quero demonstrar que, embora eu tivesse feito escolhas diferentes, estou muito orgulhosa do percurso dos meus pais. Já deram muitas cabeçadas. Já sofreram muito. Já discutiram bastante. Mas continuam juntos e unidos!

Acabou!

Ultimamente tenho estado a ouvir as musicas que seleccionei para a viagem aos Açores. Ainda são as que estão no MP3 que ligo ao radio do carro...

 

É impressionante como apenas musica tem o poder de me "teleportar" para aquela ilha. De repente consigo reviver todos aqueles passeios pela cidade. Consigo sentir o cheiro da água mesmo ali. Consigo sentir o cansaço das longas caminhadas. Consigo lembrar-me nitidamente das viagens de minibus. Lembro-me bem do quarto do hotel e do percurso que fazia dele até ao centro da cidade. Até me recordo das saudades e da vontade de regressar assim que aterrei em Lisboa.

 

Contudo, a esta distancia, de todas as musicas uma em particular faz-me acreditar que já sabia o que me esperava em São Miguel.

 

Lembro-me como se fosse hoje do processo de selecção das musicas. Olhei para o álbum de Boss AC e pensei que era uma perda de tempo ouvi-lo porque não ia gostar de musica nenhuma, no entanto lá decidi reproduzi-lo na mesma.
Fui passando musica a musica, mesmo sem as deixar acabar, até que chegou esta...
Ouvi-a até ao fim, voltei a ouvi-lá, hesitei, fechei o Média Player, voltei a abri-lo e a passar a musica e finalmente enviei-a para o MP3.
Na altura não percebi o motivo de tanta hesitação, no entanto sabia que cada vez que a ouvia só me lembrava do T.N.
Claro que já sabia o que me esperava...era obvio que já sabia!
Agora penso "ainda bem que tudo aconteceu como aconteceu!", no entanto na altura nem queria acreditar no que aquela musica me transmitia...!
Por isso, se hoje ainda tens alguma duvida:
* Nunca houve nada pendente lá!
* Antes de lá ter chegado ja nao havia nada pendente!
* Quando lá estive não ficou nada pendente!
* Nem quando voltei ficou algo pendente!
* E agora, obviamente por todas as razoes e mais algumas, não há nada pendente!
Eu estou contigo porque quero e, principalmente porque te amo!
Meu namoradinho tonto {#emotions_dlg.heart}

Sim, culpa tua...!

Mais recentemente era frequente dizer á C.R. - em tom de brincadeira - que precisava de um namorado.

 

Estava solteira a algum tempo (mas feliz, atenção!) e até não me importava nada com isso. Tinha tempo para mim, para as coisas de que gostava, para os meus amigos...até para as coisas de que não gostava havia tempo. Sentia-me sinceramente bem assim. No entanto, quando via aqueles casalinhos apaixonados a passear de mão dada, por vezes sentia que também queria aquilo para mim.

 

É certo que estava bem com o meu estado civil contudo, o que eu ambicionava - sem saber - era aquela felicidade que os casalinhos apaixonados demonstravam.

Queria aquele brilho no olhar. Aquele sorriso que surgia sem explicação. Aquela voz melosa. Aquela sensação de que o mundo até podia acabar naquele momento que morria feliz. Queria tudo aquilo também para mim!

 

Então, sem saber bem como ou porque, tu apareceste na minha vida e o meu mundo deu uma volta de 180º. Do nada percebi que não precisava de um namorado...precisava do namorado...!

 

Nunca achei que necessitasse de quem quer que seja para a minha vida fazer sentido e para me sentir bem com ela - e continuo a ter a certeza disso! No entanto agora sei que a minha vida fica muito mais preenchida contigo a fazer parte dela!

Estou ainda mais feliz do que pensava ser possível e grande parte da culpa é tua!

 

 

 

(sim, eu avisei que este bolg está cada vez mais lamechas...!)

...

Este blog está cada vez mais lamechas mas eu ando tão feliz e apaixonada que é impossível ignorar!

 

Estou apaixonada. Tenho o namorado mais maravilhoso do mundo! E gosto tanto de ti {#emotions_dlg.inlove}

 

 

 

 

 

(sim, não foi um post muito bom...mas foi, sem duvida alguma, verdadeiro!)