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Dados Lançados

"I'm not a perfect person. There's many things i wish i didn't do but i continue learning"

Dados Lançados

"I'm not a perfect person. There's many things i wish i didn't do but i continue learning"

Ultimo dia

Hoje é o ultimo dia de trabalho no escritório. Metade das colegas estão de férias. Contudo ontem uma veio despedir-se de mim com um bolo de chocolate feito por ela ainda quentinho. Hoje veio a patroa desejar-me sorte para o futuro e dizer que as portas estão abertas caso eu queira voltar.

 

Segunda feira à tarde acaba definitivamente com a despedida da Segmentúnico. 

Mandaram-me chegar mais cedo para ir ao almoço de despedida que eles querem organizar. E também já me disseram para não ter vergonha de ir ter com eles caso corra mal nos Açores porque aquele trabalho será sempre meu.

 

 

É nestas alturas que notamos que tocamos nas pessoas. Quando todos, a sua maneira, se querem despedir e desejar sorte.

 

Só por causa disto já valeu passar pela vida de todos eles. Sou uma sortuda!

Ele disse-me que tenho que estar de férias mais vezes...

Não gosto de cozinhar. Não tenho mesmo paciência e acho que não tenho jeito. No entanto, se for para o fazer, quero fazer o melhor que conseguir.

 

Esta semana de férias tenho sido eu fazer o almoço por cá - em dias normais é o MC que assume os comandos da cozinha - porque ele insiste em vir almoçar a casa. Então, como tal tenho tentado cozinhar algo bom todos os dias.

 

Ontem ao almoço, enquanto comia bifinhos com cogumelos, o MC disse "Tens que estar de féria mais vezes, isto está óptimo! O meu molho nunca sai tão bom!"

 

Ainda estou a decidir se era apenas um elogio ou graxa para eu cozinhar mais vezes.

 

É normal, estamos em mudanças!

Isto foi o que ele me disse hoje de manhã quando lhe disse que ia aproveitar a manhã de folga para arrumar a casa porque já não podia ver tamanha desarrumação.

 

- É normal, estamos em mudanças!

 

Sim, é normal ter caixas e caixotes espalhados pela casa. Quer estejam fechados e prontos a partir, quer estejam por encher com o que resta. Isso eu aceito como normal. Não gosto mas aceito.

 

O que já foge ao normal é a desarrumação que reina por aqui. Tenho roupa espalhada pela sala. Sapatos debaixo da mesa de jantar. Papeis, que já deviam estar ou no lixo ou no dossier, em cima da mesa da entrada. Cabides espalhados pelo chão.

Isto não é normal.

 

Quer acreditem ou não, moram aqui duas pessoas minimamente civilizadas. Embora por estes dias não pareça, mas moram!

Tenho que fazer alguma coisa por isto. E há-de ser no meu dia de folga!

Não suporto pessoas assim.

Não gosto de pessoas que se aproveitam das outras para conseguirem o que querem. De pessoas que têm que ter só porque o vizinho do lado também tem. De pessoas que acham que todos os outros têm que fazer o que elas querem só porque elas querem.

 

- Ela vai "cravar-te" casa nos Açores assim que souber que te vais mudar para lá. - disse-me a S.S.

- Achas? Pode ser que não. - Respondi-lhe eu.

- Aposto o que quiseres! Quando comecei a construir a minha casa ela fez de tudo para vender o apartamento deles e começar a construir uma para ela também. E não imitou mais a minha porque não lhe dei mais informações. Quando troquei de carro não tardou a trocar o dela também. Quando foste de férias ao Porto, onde ela foi logo a seguir? Arranjou por lá um conhecido daqueles que ninguém nunca ouviu falar e cravou por lá casa. Quando decidimos ir á Disneylândia ela tratou de arranjar um primo do marido - outro que nunca ninguém ouviu falar - para lhe arranjar lá casa para ir também. Assim que lhe disse que íamos a Santiago de Compostela a pé desatou a fazer caminhadas por Santa Cruz para se preparar para ir para o ano. Acredita em mim, não vai tardar a dizer que, agora que vais para lá de vez, vai lá passar uns dias à tua casa.

- Bem, talvez. Vamos ver.

 

Dito e feito! Assim que regressou de férias e soube que ia para os Açores fez logo o comentário. "Assim já podemos lá ir passar uns dias à tua casa. Estou tão curiosa para conhecer a ilha!"

 

Já lhes falei diversas vezes na ilha. A S.S. sempre mostrou interesse em lá ir mas assim que lhe ofereci casa disse que não. Que queria que me instalasse primeiro e que tudo desse certo por lá e só depois aceitava o meu convite. Mas que antes disso tudo acontecer iria com certeza conhecer a ilha por iniciativa própria. A I.G. que nunca demonstrou qualquer interesse por lá ir pede logo a minha casa para passar uns dias. Não fui eu que ofereci, foi ela que pediu. Diversas vezes até, não vá eu pensar que ela estava a brincar.

 

Pessoas assim incomodam-me. Não suporto. É destas pessoas que me quero manter longe.

 

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