Então e agora...?
Tudo ficou sempre muito bem esclarecido quando as coisas entre mim e o F.G. não resultaram.
Eu gostava muito dele e ele de mim, e disso ao tenho duvidas, mas éramos muito novos e inexperientes. Os nossos objectivos de vida eram bastante diferentes e não éramos muito compatíveis.
Em suma, o namoro não era viável!
Talvez das decisões mais inteligentes que tomamos na altura foi acabarmos antes que nos pudéssemos magoar.
Deixamos de ser namorados mas não deixamos de ser amigos. Continuávamos a sair juntos, a trocar mensagens, a trocar confissões, etc. Em menos de nada, éramos os melhores amigos.
Eu sabia que podia confiar nele e contar-lhe os meus problemas e os segredos que não contava a mais ninguém. E ele sabia que podia fazer o mesmo comigo.
Aos poucos construímos a relação de cumplicidade que não conseguimos ter enquanto namorávamos.
Como? Simples! Não havia cobranças, nem controlo, nem perguntas...
Estavamos juntos quando queríamos, falávamos quando queríamos, saiamos quando queríamos.
Sem querer (ou não) acabamos por criar uma amizade colorida que muitos na compreendem.
E até a bem pouco tempo tudo corria sobre rodas. Até ele ir para a Suíça.
Teve lá uma semana e meia, que para mim foi uma eternidade.
Senti imensas saudades dele e nem queria acreditar que ainda faltava tanto tempo para ele regressar...
...mas regressou.
No sábado lá estava eu na casa dele a enche-lo de beijinhos e abraços e a confessar-lhe as saudades que tinha tido dele.
Ontem, tivemos o baptizado o filhote de uma amiga nossa e lá fomos nos, juntos para a igreja e depois para o restaurante.
Tudo corria bem. Nada de anormal.
Até que uma amiga dele aproxima-se e começa a dar-lhe beijinhos, encosta-se a ele a pôr as pernas por cima das dele, etc...
Ok, eu sei que ele é livre e que apesar de ele ter o que tem comigo, não há nenhum compromisso assumido e oficializado...mas aquilo mexeu comigo!
Já o vi com varias amigas e sei que ele é bastante sociável (e sempre foi...mesmo quando namorávamos) mas com aquela em particular, não sei...
O que é certo é que ao voltarmos para casa ele era todo mimos para mim. O que me leva a crer que não há razão para ficar irritada. Contudo desde ontem que não consigo tirar aquela imagem da cabeça...e quanto mais penso mais tenho a certeza que o que me deixou assim irritada foram os ciúmes...
E, logo eu, que a tanto tempo que não sentia ciúmes de ninguém.
Já nem sei lidar com esta sensação.
O problema é: Ciúmes? Significa o quê? Que ainda gosto dele? Se sim, então e agora?
Nem sei se o melhor é confessar-lhe e (caso seja correspondida) arriscar numa relação, que anteriormente já fracassou. Ou deixar andar e ver no que dá...
Verdade seja dita, a uns meses quando um amigo meu confessou que gostava de mim, o F.G. sentiu-se “ameaçado” e disse-me que se conseguisse dar-me a estabilidade que ele acha que eu mereço, retomava o namoro comigo...
Contudo, o risco iminente de ele ir para a Suíça de vez também não vem facilitar as coisas...
A única coisa que eu sei é que esta cabeça e este coração estão em conflito e eu não sei como apaziguar as coisas...
Imagem retirada daqui