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Dados Lançados

"I'm not a perfect person. There's many things i wish i didn't do but i continue learning"

Dados Lançados

"I'm not a perfect person. There's many things i wish i didn't do but i continue learning"

Hoje fomos roubados

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Hoje este colete foi roubado aqui na loja. Deu-se logo por falta da peça porque era o único colete que nos enviaram do Continente. O fornecedor já não tinha mais e os nossos colegas de outras lojas também não. Era o último e veio para a ilha, para a nossa loja. Para ser roubado.

 

Não é frequente a loja ter muita gente, até porque é pequena e não cabem muitas pessoas cá dentro mesmo que nós quiséssemos. Contudo hoje, durante um curto período de tempo, tivemos várias clientes e dois vendedores que estavam a tentar impingir coisas ao mesmo tempo.

 

O MC ficou a falar com os vendedores enquanto eu fiquei encarregue de atender as clientes. A confusão nestas situações é grande mas eu até pensava que estava a correr bem. No entanto, no final, após todos terem saído, demos por falta do colete.

 

Eu tinha visto uma das cliente entrar para o provador com ele e com outra peça nas mãos mas quando ela saiu não reparei o que ela trazia.

 

Depois de ela sair não entrou mais ninguém na loja. Viramos a loja toda do "avesso" e nada de aparecer o colete. O cabide onde o colete estava pendurado apareceu escondido por detrás de outras peças que estão penduradas junto ao provador mas do colete nem sinal.

 

Não gosto de julgar as pessoas mas tudo indicava que tinha sido aquela cliente a leva-lo, até porque é um colete pequeno e facilmente se coloca dentro da mala. Durante a confusão não deveria ser muito difícil esconde-lo.

 

Uma vez que ela já tinha cá vindo algumas vezes e tinha dito onde trabalhava (que por sorte ou azar era na rua ao lado da nossa rua) fui lá para falar com ela. Arranjei a desculpa que precisava de marcar uma consulta para o MC e lá fui eu ao centro de saúde. Marquei a dita consulta e pedi para chamar a senhora.

 

Confrontei-a e ela negou, claro! Concordou que tinha levado o colete para o provador mas jurou a pés juntos que o tinha deixado lá. Eu disse-lhe que tínhamos virado a loja toda e não o estávamos a encontrar mas como não tínha provas mais nada podia fazer.

 

Quando voltei ao balcão para concluir a marcação da consulta a senhora perguntou de que loja eu era. Pensei que fosse por curiosidade ou interesse, uma vez que somos novos aqui mas quando lhe disse ela respondeu "é que eu até estava aqui a comentar com a minha colega, sabe que a menina não é a primeira pessoa a vir aqui falar com aquela senhora por esse motivo? Que eu tenha assistido, já é a segunda, mas não sei se já não vieram mais."

 

Aqui estava a confissão que eu necessitava. Não valia a pena voltar a chamar a cliente mas já não restavam duvidas de que tinha sido ela.

 

Quando regressei a loja contei ao MC e ele fez um comunicado no facebook a dizer que a peça tinha sido roubada e que sabíamos quem o tinha feito. Que essa pessoa tinha 24h para a devolver quer pessoalmente, quer por correio ou por amigos ou qualquer outra forma. 

 

O facebook é o nosso melhor meio. Ela está regularmente online, coloca likes no que publicamos e por norma comenta quando apresentamos novas peças. A mensagem rapidamente chegará ate ela. No entanto nós sabemos que provavelmente a peça nunca irá voltar mas para a próxima, se ela tiver a lata de voltar, já vamos estar mais atentos e ela também há-de perceber.

 

Nunca é fácil controlar todos os passos dos clientes que aqui entram mas aos poucos vamos aprendendo. Agora estamos a informar-nos sobre sistemas de vídeo vigilância e, em breve, vamos instalar um. Por agora fixamos cartazes com a típica frase "sorria está a ser filmado" e colocamos uma câmara para despistar. Pode ser que já afugente algumas pessoas.

Obrigada Ponta Delgada

Passado um mês e meio vejo os meus pedidos de publicidade na via publica rejeitados porque o Sr arquitecto sugeriu ao Sr presidente que apenas se possa colocar publicidade nas imediações do edifício onde estamos localizados. Assim que recebi a noticia fui falar com o dito arquitecto:

 

- Queria saber porque recusou os meus pedidos.

- Eu não recusei. Sugeri ao Sr Presidente que autorize a colocação de publicidade nas imediações da vossa loja. Onde está a pedir é que não porque está a pedir para colocar publicidade em áreas muito distantes da sua loja.

- Não preciso de colocar publicidade à porta da loja. Eu estou a pedir para colocar placas direccionais e mapas para as pessoas conseguirem identificar onde estamos localizados. Para que é que vou colocar a publicidade que lhe estou a pedir à porta da loja? Se as pessoas virem a publicidade é porque já estão á porta!

- E isso é óptimo para si!

(Susana, respira fundo! 1, 2, 3...)

- Então eu não posso colocar qualquer tipo de publicidade na rua?

- Pode. Á porta da sua loja!

-Já lhe expliquei que à porta não preciso! Preciso que esteja na rua para indicar às pessoas onde estamos!

- Não pode. Já imaginou o que era todos os comerciantes da sua rua quererem colocar publicidade também? O que seria?

- E querem?!

- Não. Mas amanhã podem querer!

- E amanhã posso ter que fechar a porta porque não tenho clientes...! Obrigada pela ajuda!

Andamos numa fase difícil.

Ainda não recebemos a nova colecção (raios para os contentores!!) e a data de fim dos saldos que tínhamos indicado já chegou ao fim. Uma vez que não temos peças novas para apresentar optamos por manter os preços de saldo sem, no entanto, anunciar que estamos em saldos.

 

Neste momento não se encontra nada acima dos 15€ na loja, tal como o anuncio dizia. "Tudo a 5€, 10€ e 15€". Aliás, até temos peças de bijutaria que esta abaixo dos 5€. Assim sendo, achava eu, que os clientes não tinham por onde pedir preços mais baixos. No entanto enganei-me!

 

Todos os dias há quem entre na loja, escolha uma ou outra peça e pedinche um desconto. Digo sempre que as peças ainda estão com o preço de saldos porque não recebemos a nova colecção e que os preços já são tão baixos que se se fizer mais algum desconto acaba-se por estar a perder dinheiro. Mesmo assim isso não demove alguns de tentar fazer chantagem e dizer que só levam as peças se se fizer desconto.

 

Há dias em que só apetece perguntar se também vão pedir descontos para os shoppings ou se andam a fazer esse tipo de jogo com outros lojistas. Há dias que me apetece expulsar o cliente da loja só por estar a tentar manipular os preços a seu belo prazer. Contudo, sorrio e digo que não posso mesmo e, no fim, o cliente acaba por comprar na mesmo e recohecer que o preço já está baixo.

 

Sinceramente não sei o que esta gente quer mais. Se eu fizesse o dito desconto a todos os clientes como eles querem, como era suposto manter a porta aberta? Se eu perder a minha, já pequena, margem de lucro onde vão eles comprar peças a estes preços?

Eu, num mundo a parte!

"Posso entrar?" "Posso ver?" "Posso experimentar?" Estas são, talvez, as frases que ouço com mais frequência desde que abrimos a porta da Tendência Azores. Eu tento deixar as pessoas a vontade mas nem sempre é fácil. Muitas nem sequer me deixam aproximar para falar das promoções que estão em vigor. Sinto-me num mundo a parte. As pessoas são desconfiadas ou têm medo de ser enganadas (ainda não percebi) e o facto de ser uma continental a atender deixa-as mais de pé atrás. Não quero desistir, ate porque nem duas semanas passaram, mas a pressão que vem do outro lado do oceano faz pensar duas ou três vezes antes de seguir em frente. Não tem sido fácil mas a batalha continua.

É normal, estamos em mudanças!

Isto foi o que ele me disse hoje de manhã quando lhe disse que ia aproveitar a manhã de folga para arrumar a casa porque já não podia ver tamanha desarrumação.

 

- É normal, estamos em mudanças!

 

Sim, é normal ter caixas e caixotes espalhados pela casa. Quer estejam fechados e prontos a partir, quer estejam por encher com o que resta. Isso eu aceito como normal. Não gosto mas aceito.

 

O que já foge ao normal é a desarrumação que reina por aqui. Tenho roupa espalhada pela sala. Sapatos debaixo da mesa de jantar. Papeis, que já deviam estar ou no lixo ou no dossier, em cima da mesa da entrada. Cabides espalhados pelo chão.

Isto não é normal.

 

Quer acreditem ou não, moram aqui duas pessoas minimamente civilizadas. Embora por estes dias não pareça, mas moram!

Tenho que fazer alguma coisa por isto. E há-de ser no meu dia de folga!