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Dados Lançados

"I'm not a perfect person. There's many things i wish i didn't do but i continue learning"

Dados Lançados

"I'm not a perfect person. There's many things i wish i didn't do but i continue learning"

Falta de originalidade irrita-me.

No ano passado uma rapaz mandou uma mensagem privada para a loja a perguntar se fazíamos revenda. Eu disse-lhe que não. 

Passado uns tempos recebemos uma mensagem no telemóvel da loja a dizer que queria falar com os proprietários porque tinha uma proposta a fazer. Como não vinha identificado nem sequer respondemos. 

 

Umas semanas depois o mesmo rapaz volta a enviar uma mensagem privada para a loja a dizer que tinha uma proposta para nos fazer. Na altura estávamos na fase da carta aberta ao Presidente da Câmara (logo, uma fase sensível e difícil para nós porque tínhamos todas as hipóteses de ir embora em cima da mesa).

Eu respondi como se fosse uma funcionária que passaria a mensagem posteriormente aos superiores e caso eles tivessem interesse voltavam a contacta-lo. Se calhar até não deveria ter respondido dessa forma mas na altura a paciência era pouca e pensei que assim fosse a forma mais rápida de "despachar" o rapaz de vez.

Nunca fui mal educada com ele e tentei ser o mais isenta possível. Até me ter cansado.

Agora, qual não é o meu espanto, cada vez que fazemos alguma coisa ele vai lá e copia integralmente, contacta as pessoas com quem trabalhamos a propor trabalhos parecidos e responde de forma provocatória a publicações no nosso facebook pessoal.

A sorte é que o MC acha piada a isto tudo e ainda "goza" com a situação. Porque o rapaz deve esquecer-se que tem muitos telhados de vidro...e que o karma existe!

A nova vida começa agora!

Finalmente temos o nosso espaço de volta. Só nosso. Responsabilidade nossa.

 

Finalmente podemos ser nós novamente. Comportarmos-nos como somos.

 

Finalmente não temos ninguém a controlar o que fazemos, o que comemos, a que horas chegamos.

 

Finalmente temos a nossa casa. O nosso lar. O nosso espaço!

 

O que mais me incomodava na vinda para São Miguel era não termos a nossa casa. Fomos recebidos de imediato na casa de familiares do MC e estou muito grata por isso. No entanto o nosso espaço é sempre o nosso espaço. E, 4 meses depois, a convivência já estava a ser difícil entre todos. Principalmente porque não podíamos fazer nada que o telefone do MC tocava logo com uma chamada do outro lado do oceano.

Se chegávamos tarde a casa a mãe dele sabia instantaneamente. Se jantávamos cereais porque o dia tinha sido cansativo e não tínhamos vontade de cozinhar, a mãe dele sabia instantaneamente. Se o dia de trabalho tinha corrido mal a mãe dele sabia instantaneamente.

A constante consciência de que não podíamos dizer ou fazer nada era esgotante. Não porque eles contavam a mãe do MC mas sim porque lhe iam contar a maneira deles. E quem conta um conto acrescenta um ponto, não é? 

 

Agora com o nosso cantinho tudo vai voltar a ser como era dantes. Já vivemos sozinhos durante uns 7 meses no Continente e correu bem. Porque não iria correr desta vez? O importante nós temos, o resto conquista-se!

Andamos numa fase difícil.

Ainda não recebemos a nova colecção (raios para os contentores!!) e a data de fim dos saldos que tínhamos indicado já chegou ao fim. Uma vez que não temos peças novas para apresentar optamos por manter os preços de saldo sem, no entanto, anunciar que estamos em saldos.

 

Neste momento não se encontra nada acima dos 15€ na loja, tal como o anuncio dizia. "Tudo a 5€, 10€ e 15€". Aliás, até temos peças de bijutaria que esta abaixo dos 5€. Assim sendo, achava eu, que os clientes não tinham por onde pedir preços mais baixos. No entanto enganei-me!

 

Todos os dias há quem entre na loja, escolha uma ou outra peça e pedinche um desconto. Digo sempre que as peças ainda estão com o preço de saldos porque não recebemos a nova colecção e que os preços já são tão baixos que se se fizer mais algum desconto acaba-se por estar a perder dinheiro. Mesmo assim isso não demove alguns de tentar fazer chantagem e dizer que só levam as peças se se fizer desconto.

 

Há dias em que só apetece perguntar se também vão pedir descontos para os shoppings ou se andam a fazer esse tipo de jogo com outros lojistas. Há dias que me apetece expulsar o cliente da loja só por estar a tentar manipular os preços a seu belo prazer. Contudo, sorrio e digo que não posso mesmo e, no fim, o cliente acaba por comprar na mesmo e recohecer que o preço já está baixo.

 

Sinceramente não sei o que esta gente quer mais. Se eu fizesse o dito desconto a todos os clientes como eles querem, como era suposto manter a porta aberta? Se eu perder a minha, já pequena, margem de lucro onde vão eles comprar peças a estes preços?

Portugueses a falar francês em Portugal

Já tinha ouvido algumas pessoas falarem sobre isto, mas pensava que era exagero. Hoje aconteceu-me aqui na loja.

 

Estava um casal à porta a falar francês um com o outro e eu só pensava "se entrarem como me safo? Inglês ainda arranho agora francês...".

Assim que entram cumprimentam com um "bom dia" sorridente. Ainda pensei que soubessem umas palavrinhas em português e tivessem a tentar ser simpáticos, até porque continuavam a falar em francês entre eles. Só quando começaram a interagir comigo para perguntar sobre peças e assim é que notei que tinham uma excelente pronuncia portuguesa com um ligeiro sotaque açoriano.

 

Sendo eles portugueses e estando em Portugal, qual é a necessidade de falarem francês? Será só para mostrar?

 

Até acredito que algumas palavras saiam em francês de forma inconsciente devido ao habito mas ter uma conversa inteira em francês já é exagero, não? Um pouco de patriotismo não ficava mal.

Existem pessoas estranhas cá!

Já não foi a primeira pessoa e creio que não será a última: entram para o provador e trocam de roupa sem fechar a cortina.

 

Estas senhoras não têm pudor nenhum ou é mesmo ingenuidade?

 

Por sorte com nenhuma delas entrou algum homem na loja, no entanto numa das vezes o MC estava no escritório e entrou quando a senhora estava à procura de outra peça para experimentar.

Quando ela foi experimentar a segunda peça fui eu ter com ela e disse-lhe que se calhar era melhor fechar a cortina, não fosse mais alguém entrar e ela responde "pensava que estávamos sozinhas, afinal à ai um rapaz".

Eu só respondi "está" e sorri mas a vontade que tinha era de dizer que poderiam entrar vários pela porta, não precisava de ter problemas exclusivamente com o que estava no escritório.